A partir de janeiro desse ano, a Síndrome de Burnout passa a ser tratada de forma diferente e as empresas precisam estar atentas as mudanças. A determinação é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece a síndrome como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”. Em 2019, a OMS já havia relacionado o Burnout como um “fenômeno ligado ao trabalho” e que tem como principais sintomas:

  • sensação de esgotamento
  • cinismo ou sentimentos negativos relacionados a seu trabalho
  • eficácia profissional reduzida

O que muda?

A mudança na classificação relaciona a doença com o ambiente de trabalho e traz responsabilidade direta e indireta da empresa sobre a saúde integral dos funcionários. Ou seja, o reconhecimento poderá trazer efeitos em processos trabalhistas. Com o diagnóstico e laudo de um médico, a empresa poderá ser acionada e responsabilizada.

Por isso, promovendo a sua integral, se faz necessário que as empresas comecem a pensar no bem-estar dos colaboradores realizando palestras, atividades e adotando estratégias claras nesse sentido.

Quais são as causas do esgotamento?

As causas do burnout podem ser diversas, embora se reduzam essencialmente a três áreas: as condições de trabalho, as relações sociais e a conciliação da vida pessoal ou familiar. Embora todos tenham consequências graves separadamente, seu efeito é acentuado quando combinados.

Em relação às condições de trabalho, um dos possíveis motivos relatados por quem sofre é a exposição a cargas de trabalho excessivas; pressão; incompatibilidades entre as funções exercidas no âmbito das atribuições do cargo; falta de clareza nos procedimentos; ou periculosidade inerente ao trabalho, como a presença de condições climáticas extremas (quente e frio), bem como o impacto potencial de erros e enganos.

No que diz respeito às relações sociais, o assédio moral no local de trabalho é uma das causas mais comuns de burnout, refletido em situações como provocações, isolamento, degradação de responsabilidades, distribuição injusta de tarefas, disseminação de falsos boatos ou mesmo atos de violência explícita (psíquica, física e sexual).

Por fim, a dificuldade em conciliar o trabalho com outras facetas relevantes da vida, como o lazer familiar ou pessoal, pode contribuir significativamente para o burnout.

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