
Microsérie:
O MIC pode ser empregado em pessoas que passaram por separação, perdas, mudança de emprego, desemprego, diagnósticos de doenças e acidentes e aquelas que estão com transtornos como ansiedade generalizada, depressão, bipolaridade, entre outras
O homem é um ser multidimensional. Nele convivem as dimensões biopsicossocial e espiritual. Essas dimensões devem ser contempladas quando se almeja o bem-estar do indivíduo em sua inteireza (saúde plena). Corpo, mente e alma se integram enquanto dimensões humanas que merecem atenção e cuidado.
O Modelo Integrativo de Cuidados (MIC) é um programa de acolhimento do indivíduo em suas necessidades específicas, sem deixar de olhar para o todo: corpo, mente e alma. Segundo Maria Cristina de Barros, sócia proprietária da Humana Mundi, quando falamos nessa tríade abordamos questões culturais, sociais, ambientais, familiares, físicas, emocionais, sexuais, intelectuais, financeiras, estéticas, morais, espirituais, éticas e outras.
Entre os benefícios do MIC, a especialista aponta:
– Promover o bem-estar biopsicossocial e espiritual para que indivíduos e grupos sejam cuidados em sua inteireza, de forma personalizada e biográfica.
– Resgatar possibilidades criativas de superação, através da coordenação de terapêuticas oferecidas de forma transdisciplinar.
– Favorecer a emergência de atributos positivos e de recursos pessoais e coletivos combinados no sentido de melhorar o repertório de enfrentamento do indivíduo ou grupo frente às adversidades e desafios.
– Reduzir custos relacionados à fragmentação do cuidado
– Estimular uma maior responsabilidade do indivíduo/grupo por seu autocuidado
– Promover a comunicação multi e interdisciplinar
– Atuar preventivamente e localmente com uma visão transpessoal: tudo está conectado
– Gerar autoconhecimento e clareza de necessidades
O MIC pode ser utilizado em pessoas que se encontram em momentos de episódios críticos de vida como separação, perdas, mudança de emprego, desemprego, diagnósticos de doenças e acidentes, que causam stress e desequilíbrio. Em situações desestabilizadoras de forma crônica, ou seja, sintomas persistentes relacionados a transtornos como ansiedade generalizada, depressão, bipolaridade, entre outras.
Já o atendimento ou intervenções do MIC oferecem, em um único espaço, presencialmente ou online a transformação subjetiva, que são as mudanças nos padrões de pensamento, sentimentos e senso de propósito e a transformação objetiva, que são mudanças nos padrões de ação, hábitos, vícios e realizações cotidianas.
“As principais características do MIC são parceria, onde o profissional da saúde e seu cliente atuam juntos na prevenção e manutenção da saúde, em todos os seus aspectos: físico, emocional, mental e espiritual. A autoconsciência, aqui o cliente é protagonista de todo o processo, dessa forma, participa ativamente “co-criando” o plano de cuidados ao qual vai se submeter, de forma consciente e responsável, ao longo de todo o tratamento. E, por último, a interdisciplinaridade, onde ocorre a conexão entre diferentes áreas do conhecimento, somam-se e complementam-se ao tratamento de forma interdisciplinar”, explica Barros.
O Espaço-Clínica Humana Mundi, utilizando o MIC, propõe a união das terapêuticas convencionais como medicina, fisioterapia, nutrição, psicologia, fonoaudiologia, psicooncologia, etc, aliado aos saberes tradicionais das práticas integrativas e complementares, já reconhecidas no Brasil e exterior, com Mindfulness, Reiki, Massoterapia, Acupuntura, Constelação Familiar, Meditação – técnicas de respiração e relaxamento -, entre outras.
Este é o primeiro da microsérie de conteúdos que estamos produzindo para falar sobre o MIC. Nos próximos, vamos explicar a visão transpessoal, MIC na clínica integrativa e, por último, a transpessoal nas organizações. Fique atento!