Quando olhamos para o percurso de nossa espécie ao longo dos tempos, podemos escolher diferentes facetas de nosso desenvolvimento e compreendermos como chegamos até aqui. Sabemos do desenvolvimento agrícola que nos possibilitou criar os assentamentos, as famílias e o acervo cultural de nossa espécie. Há também a história do desenvolvimento científico, que não tem mais do que 500 anos e domina o cenário de nossas vidas, através da tecnologia e todos os seus desdobramentos. Mas a grande virada no jogo de nossa espécie foi sem dúvida o salto cognitivo, que nos levou a sair da África há 70.000 anos atrás e em um relativamente curto espaço de tempo, conquistar as demais regiões do globo, fabricar barcos, agulhas, mitos – todas as ferramentas cruciais para nossa sobrevivência. A revolução cognitiva nos ajudou a dar asas à nossa imaginação, a fortalecer nossa capacidade criativa e a expressar nossa subjetividade. Nos deu a capacidade de criar e contar histórias.
Ao olharmos com mais cuidado, veremos que imaginamos e contamos histórias o tempo todo. A começar pela história que criamos a nosso respeito. Para além da história coletiva, ou o “Quem somos nós?”, há a história de cada um ou o “Quem sou eu?”. Essa é a mais difícil e autêntica história que alguém pode contar. Pense no dia de hoje. Desde que acordou, levantou da cama, tomou seu café, encontrou alguém, se viu no espelho – quantos detalhes aconteceram em seus pensamentos, nessa conversa instigante entre o seu interior e a realidade externa dos fatos? Quantas minúcias, caprichos, dores e emoções se passaram? E tudo isso junto, sem mesmo você se dar conta, foi sendo editado e produzido em algum lugar dentro de você, assim de um modo natural, fazendo com que o resultado se tornasse uma experiência e uma história que você pode contar sobre seus primeiros momentos no dia.
E a mágica disso tudo é que você tem liberdade de escolha. No diálogo entre o seu interior e o gosto do café, há uma infinita gama de possibilidades de registro, que vão sendo escolhidas por você – às vezes ditadas pelo hábito, às vezes pela emoção preponderante, às vezes por outros com quem você partilhou o café naquela manhã. O convite é usufruir da liberdade que a imaginação e sua capacidade criativa lhe dão. Você pode escolher como contar a história de seu amanhecer. E pode escolher como contar a história de sua vida.
“Só que não”!! Pois com o passar do tempo e as dores acumuladas, vamos encolhendo nossa percepção de liberdade. Vamos nos condicionando a produzir as mesmas respostas, ou ainda, as respostas esperadas. E a contação de histórias vira uma incessante ladainha de repetições, em que geralmente o “eu” é vitimizado e o poder pessoal desaparece: “acordei hoje e o café que tomei estava amargo, como sempre. Todos os dias eu tenho que engolir um café amargo. É sempre assim comigo”.
Contar a minha história diz respeito à criação do meu futuro, à ampliação de possibilidades na vida, à conquista de novos territórios. Assim como nossos antepassados, estamos constantemente expressando a revolução cognitiva que se instalou na humanidade e gerando novas conquistas em nossa evolução pessoal. Ampliando a consciência e a percepção sobre nosso caminhar, conseguimos contar histórias originais e autênticas, que revelam um ser criativo e empoderado, com autonomia e liberdade para exercer suas plenas capacidades aqui e agora. E assim dizer: “acordei de manhã e o café estava amargo. Senti o amargor do café e pensei como poderia fazer com que meus próximos cafés não fossem tão amargos?
Na Humana Mundi, você será acolhido e estimulado a contar todo e qualquer tipo de história sobre você e seu mundo. Sentirá a liberdade criativa e ampliará a percepção sobre as infinitas possibilidades de viver cada momento – e depois contar sobre ele. Através da Arteterapia, das terapias transpessoais, das meditações e cursos que oferecemos, tudo isso fica ao alcance das mãos!