Impulsionado principalmente por dois agentes de peso: o mercado financeiro e a opinião pública, os fatores ESG (sigla em inglês para ambiental, social e de governança) se tornaram must-have para as empresas no último ano. Mas a sua implantação no Brasil passa por transformar os líderes. Muito mais do que propósito, toda a gestão necessita estar alinhada com os conceitos dos três fatores.  A inserção das questões ESG na estratégia das empresas estava crescendo nos últimos anos de forma paulatina.

Com a pandemia, a aceleração foi rápida e consolidadora. O processo ESG vem se inserindo no cotidiano de todas as empresas e dos seus stakeholders e é um caminho sem volta. Se transformar em uma empresa ESG pode ajudar na construção de um negócio sustentável, melhorar a reputação e agregar valor à marca. Contudo, não basta apenas dizer que é ESG, é necessário desenvolver práticas que comprovam isso, inclusive publicar nos seus relatórios anuais.

Para que os fatores ESG estejam intrínsecos no negócio, é necessário haver o engajamento de todos os colaboradores, principalmente dos líderes. “Um ponto crucial é um mindset mais abrangente no comando das empresas. Um líder evolutivo cria ambientes que fomentam a curiosidade e a participação. Sabe que a diversidade é rica e estimula. Empodera mais do que delega, porque acredita na autorresponsabilidade e no respeito mútuo quando as pessoas trabalham baseadas nos seus propósitos”, explica Gabriela Evangelista, parceira da Humana Mundi e diretora e designer instrucional na Escola Humana de Vida e Negócios.

Nesta nova economia, segundo a especialista, o líder centralizador do sistema de comando e controle já não tem espaço, não se sustenta, não sobrevive. “Entre os pilares do modelo evolutivo de gestão, estão: propósito, onde está a verdadeira razão de ser da organização, para que ela realmente existe, qual a dor do mundo que se propõe a ajudar a solucionar. Integralidade, consiste em aceitar a real humanidade dentro do ambiente corporativo, acolher as emoções e permitir que as pessoas simplesmente sejam o que elas são de verdade. E por fim, a autonomia com responsabilidade que diz respeito à tomada de decisão que deixa de ser exclusividade de altos cargos de comando dentro das empresas, para ser exercida pelos membros da equipe, com um senso profundo de respeito e dentro se determinadas regras que o próprio grupo constrói”, aponta.

Uma das principais características que diferenciam a atuação de um líder evolutivo é a capacidade de atuar em nível de colaboração. Gabriela, explica que isso significa não somente “delegar ” mas dividir, se envolver no processo junto, participar e estimular a participação. Para conseguir, na visão dela, um bom índice de colaboração, serão necessárias duas premissas fundamentais: a) o Engajamento Estratégico em sintonia com o Propósito e b) Criar uma atmosfera de confiança.

“A confiança é a base das relações e nesse sentido, o papel do líder evolutivo é, prioritariamente, desenvolver e manter ambientes emocionalmente seguros, onde as pessoas possam se manifestar de uma maneira verdadeira, genuína, exatamente como elas são, inteiras e sem máscaras. Esta talvez seja a tarefa mais difícil do líder do hoje e do futuro, porque implica aceitar a integralidade e a indivisibilidade do ser. Por sua vez, a integralidade só será aceita dentro das organizações com a prática constante da empatia, num sentido assertivo, onde eu me importo de maneira pessoal e ao mesmo tempo, me coloco com clareza, dando e solicitando feedbacks autênticos, porém, sem julgamentos”, finaliza Gabriela Evangelista.

Para auxiliar as empresas, a estarem à frente na implantação dos fatores ESG, começando pela mudança do líder, na Humana Mundi Corporativo possuímos o curso Introdução à Liderança Evolutiva, saiba mais:  https://humanamundi.com/curso-introducao-a-lideranca-evolutiva/

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