Após duas gestações de parto normal, Maria Cristina M. de Barros, sócia da Humana Mundi, se viu diante de um parto prematuro, quando soube que estava com insuficiência placentária e que a sua gestação não completaria o ciclo até o final.

26 semanas, praticamente metade do período considerado normal para uma gestação (40 semanas). Era esse o tempo que tinha a sua filha quando veio ao mundo.

A prematuridade é a principal causa de mortalidade antes dos 5 anos de idade, no mundo. O Brasil é o 10º país em números absolutos de partos prematuros, segundo dados da plataforma Valor Saúde Brasil by DRG Brasil®, que constam no documento Observatório da Prematuridade, lançado pela @Associação Brasileira de Pais e Familiares de Bebês Prematuros (ONG Prematuridade.com).

De acordo com a ONG, inclusive, é primordial hoje no país atuarmos para diminuir a incidência de partos prematuros e garantir as boas práticas no cuidado ao bebê e suas famílias. E a Cris sabe bem disso.

“Hoje existem mais tecnologias, mas naquela época o que ajudou foi o amor da família, a segurança nos médicos e a corrente poderosa formada por pelas ‘mães de UTI’. Gosto também de lembrar que meu marido nos momentos difíceis me incentivou a visualizar um campo de girassóis. Foi como se uma inspiração de outra dimensão me assegurasse que tudo ia ficar bem”, conta Cris.

Ela explica que a filha foi para a incubadora, mas que é preciso estabelecer o vínculo com o bebê, mesmo que não seja pelos meios tradicionais, como o colo ou a amamentação. “Era como se a incubadora fosse o meu útero”.

Especialista em psicologia transpessoal, Cris relata que, no nível transpessoal, foram fundamentais as orações e votos de melhora recebidos por amigos e familiares. “Colocava os bilhetes, os presentes, os desenhos próximos à incubadora e, assim, o nosso vínculo foi sendo criado”.

Foram 4 meses e o que ficou para Cris, cujo recado gostaríamos de deixar aqui, é sobre a quão importantes são as rede de apoio com outras famílias, especialmente as mães que vivem a prematuridade; e com profissionais especializados, seja por meio de terapia, meditação ou outro tratamento terapêutico.

“Você vai ao hospital todos os dias, olha para o lado e vê outras mães na mesma angústia e espera. Como não formar ali uma rede de amor, fé, cumplicidade e resignação? São encontros que nos ajudam a seguir em frente”.

Acolhimento individual ou por meio de grupos como esses de mães são necessários para se manter a saúde mental nesse momento em que todos precisam de colo.

Mais informações sobre a equipe da HM – https://humanamundi.com/

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