Pequenos e grandes traumas: Convites ao autodesenvolvimento

Todos os dias passamos por experiências desagradáveis. T traumas podem ser formados. E algumas experiências nos fazem parar para pensar: qual é o propósito?

Na verdade, alguns estudos importantes sobre traumas dizem que há dois tipos: aquele com T maiúsculo, como por exemplo, um acidente de carro, um terremoto, um assalto à mão armada, etc. E os traumas com t minúsculo, que seriam as experiências do dia a dia que nos machucam, nos fazem chorar por dentro, como os abusos verbais e emocionais, os casos em que existe uma agressão, ainda que menor, ao nosso modo de ser. Algo que penetra na alma.

Por que falar de traumas?

A resposta não é simples, porém é necessária. Traumas com T maiúsculo podem moldar a personalidade, funcionando como uma espécie de rota para a escolha de futuros comportamentos e reações de uma pessoa, na maioria das vezes de forma inconsciente. A partir de uma experiência traumática, vamos moldando a maneira como enxergamos o mundo e nosso lugar nele. Assim, vamos construindo um repertório de ações e reações que muitas vezes não refletem em absoluto nossa verdadeira natureza. Ou pelo menos a expressão mais autêntica de quem somos. Por isso, nos afastamos de nós mesmos. Do mesmo modo que os pequenos traumas diários, por sua vez, vão acrescentando mais camadas a esse edifício de bases incertas. Mas, como sair disso? Como reconstruir os fundamentos do nosso Eu?

Primeiramente uma reflexão: os traumas são inevitáveis, fazem parte da vida de qualquer pessoa! Nesse caso, não seria importante buscarmos um sentido e função para eles?

Quais as funções dos Traumas?

Podemos sustentar que os traumas servem para nos ajudar a chegar mais perto daquilo que queremos ser, nosso pleno potencial., Vamos aprendendo com essas experiências, nos desenvolvendo. Também aprendemos a lidar com o medo, com nossos limites, com a vulnerabilidade. E desenvolvemos consciência de nossas forças. Acima de tudo, somos convidados a integrar o trauma em nossas vidas. Com isso, passamos a aceitar que tudo o que acontece conosco, ainda que involuntariamente, passa a ser de nossa responsabilidade.

Um dos desafios mais importante é não cair na armadilha da vitimização que o trauma nos arma e assumir o protagonismo. E com ele a  liberdade de integrar todas as experiências que nos acontecem, boas ou ruins, alegres ou tristes. Integrá-las nesse lugar mais profundo de nós mesmos. Onde não há julgamentos, mas a certeza de um espaço de acolhimento incondicional a tudo que vivenciamos.

Para encontrar em nós esse lugar mais profundo e positivo, um novo estado de consciência se faz necessário. Por isso, nos processos terapêuticos na Humana Mundi, desenvolvemos protocolos de cuidado integral, em que re-habitamos nosso corpo. Ouvimos nossa própria voz. Encaixamos as peças de nosso labirinto. Deixamos o passado no passado. Preenchemos os vazios com novas criações.

Aprendemos sobre o autoperdão e a autocompaixão em práticas que envolvem o corpo, a mente e o espírito. Através do cultivo de estados de ser e estar mais integrados, conseguimos ampliar nossa percepção do quadro e ver o todo. Isso nos ajuda a lidar com os grandes e pequenos traumas, de forma a viver com mais liberdade, a jornada de nosso autodesenvolvimento.

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