Texto por Silvia Bruzetti, Nutricionista

A alimentação é muito ligada ao comportamento das pessoas. Isso influencia em crenças tanto limitantes quanto positivas em relação à comida.

Pode ser parecer óbvio: comer é tudo de bom! Do lado nutricional, os alimentos fornecem todos os nutrientes que o nosso corpo necessita para trabalhar, sem parar, desde o momento da concepção até os últimos dias de vida.

A falta de algum nutriente pode facilitar na instalação de determinadas doenças, como por exemplo a carência do mineral ferro, que provoca anemia ferropriva. Por outro lado, o consumo de alimentos em excesso e desequilíbrio na quantidade adequada de cada nutriente, sem que haja o gasto desta energia nas atividades diárias, leva ao acumulo de gordura no corpo. O resultado: possíveis dislipidemias, diabetes, hipertensão, além do sobrepeso, que pode facilmente chegar à obesidade.

Mas não adianta apenas escolher os melhores alimentos. A absorção dos mesmos é tão importante quanto a escolha do que comer. 

Hoje, já se sabe, o intestino é considerado o segundo cérebro, graças à Microbiota Intestinal, que produz muitos elementos importantes para a saúde do corpo. Por exemplo, as células de defesa e os neurotransmissores – em especial, a serotonina, também conhecida como “hormônio da felicidade,” e responsável pelo humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade e funções intelectuais.

Alimentação e emoções

Nossos sentimentos e emoções influenciam no nosso consumo de alimentos – tanto para mais quanto para menos. Esse desequilíbrio, quando ocorre, pode levar a determinadas doenças emocionais, como os transtornos alimentares, que, muitas vezes, estão acompanhadas por compulsão alimentar.

Por isso, alimentar-se adequadamente é levar em consideração não apenas o conhecimento do que é “certo” ou “errado,” saudável ou pouco nutritivo, mas também do quanto as emoções influenciam no quê e como comemos.

Mas, afinal, o que é comer?

Comer é desejar comer mais, sabendo que poderia comer menos.

É deixar aqueles biscoitos, feito especialmente para você, com “amor de mãe” ou, principalmente “de avó,” para o dia seguinte. É aboreá-los lentamente, permitindo-se comer um pedacinho por dia.

É também levar em consideração a companhia e o ambiente, e se deixar extrapolar, de vez em quando – sem culpas. 

Comer bem envolve uma certa disposição a ser flexível e entender que o apetite costuma variar em resposta as suas emoções, agenda, fome, e à proximidade que tem ao alimento. Mas também envolve saber equilibrar prazer com necessidade – fazer boas escolhas, com a nutrição sempre em mente, mas sem restringir completamente: não há nada de errado em comer o que nos traz prazer, a dica é manter esse balanço entre o saúdavel e o gostoso. 

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Silvia Bruzetti – CRN3-3387 

Nutricionista, Aprimoranda em Transtorno Alimentar Especialização em Nutrição Esportiva Educadora em Diabetes

Coach de Alimentação, Saude e Bem Estar 

 

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