“Eu já tinha desistido de ser mãe. Demorei para aceitar o diagnóstico da endometriose e a FIV, inicialmente, não era uma opção. Quando decidi fazer a fertilização, congelei os embriões, mas demorei 6 meses para transferir por medo de me frustrar. Durante o processo pensei em desistir novamente porque oscilava entre o sonho da maternidade e a culpa de ser sendo invasiva demais com meu corpo. Foi difícil, mas o resultado hoje é a Malu, minha filha de xx anos.”
Esse é o depoimento de uma mãe que representa, sem dúvida, o que está na cabeça e no coração de milhares de mulheres que vivem o mesmo desafio de não conseguir engravidar.
De acordo com a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), um a cada seis casais em idade reprodutiva é infértil e precisa de ajuda especializada para ter um bebê. Ajuda esta, que não é indicada apenas para os parceiros inférteis, mas para casais com risco para doenças hereditárias, homoafetivos e para os casos de produção independente.
A ideia de que “não nasceu para ser mãe” ou de que os dias, meses, anos foram passando e, agora, “não dá mais tempo” faz com que muitas mulheres não levem o seu desejo à diante. Mas, o nosso post de hoje, da série especial de Dia das Mães, fala sobre os tratamentos possíveis para promover a fertilidade e engravidar.
Nós acreditamos nos avanços da medicina reprodutiva e no quão especial, empática e humanizada pode ser essa experiência, tanto quanto uma gravidez “natural”:
• Fertilização in vitro (FIV)
• Injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI)
• Inseminação artificial
• Relação sexual programada
• Transferência de embrião congelado
• Doação de óvulos
• Doação de espermatozoides
• Doação de embrião
• Útero de substituição
• Tratamentos para casais homoafetivos
• Preservação da fertilidade
• Congelamento de óvulos
De acordo com a médica ginecologista, sócia-proprietária da HM, @dradani.imperador, os principais entraves relatados pela maioria das paciente são o financeiro, pelo alto custo do procedimento; o religioso, já que são muitas as famílias que acreditam que a gravidez deve ser algo “enviado por Deus”; o machismo e a questão cultural ainda de muitos homens não colaborarem com as investigações considerando que a infertilidade é conjugal e, em muitos casos, o problema é masculino; o medo da frustração de não dar certo; e o comprometimento da feminilidade das mulheres.
“É como se gerar um filho fosse algo que tivesse que acontecer, já que o corpo da mulher foi preparado para isso. E quando um bebê não vem de forma espontânea, ela sente-se diminuída, inferiorizada. Todas conseguem, por que comigo não?”, conta a especialista.
Dani explica que qualquer tentativa de reprodução assistida é delicada, por tantos procedimentos, ingestão de hormônios, por exemplo, que são necessários para o alcançar o sucesso.
“E a mulher nessa hora, quando achar que está indo além dos limites do seu corpo, precisa resgatar forças para continuar acreditando na ciência e para manter o autocontrole, diante das perdas que podem ir surgindo nesse caminho. É preciso manter a resiliência e a esperança por que o processo pode ser bastante doloroso, apesar de gratificante no final”.
Por tudo isso, nós da Humana Mundi, acreditamos que não existe um momento certo para a maternidade. Para a medicina, quanto antes melhor. Porém, para as mulheres que buscam o apoio de profissionais especializados, esse sonho pode sim se realizar um pouco mais tarde.
“Neste Mês das Mães, a mensagem que eu particularmente gostaria de deixar para as mulheres que estão propensas a fazer uma reprodução assistida, é que o seu filho estará pronto para vir quando você estiver pronta. E para as mamães que já estão com seus bebês nos braços, parabéns pela força, por tudo!”
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